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terça-feira, 1 de março de 2016

A Crise é uma farsa para não dar aumento salarial!!!




DÉFICIT DA ECT – O Buraco é mais embaixo
Pós emprego, retirada dos lucros e reservas, DDA, Patrocínio - uma história mal contada, ou terrorismo na cabeça do trabalhador?
Nos últimos anos a direção da ECT e o governo tomaram decisões sobre os rumos dos Correios que agora impactam no resultado da empresa. Em nenhum momento os trabalhadores foram ouvidos ou chamados a decidir. Quando o governo enviou a MP 532, que se transformou na lei 12.490/11, sob a justificativa de “modernização” e   alterou o estatuto da ECT, ampliando o objeto da empresa, mas adequando a lei 6.404/76 que regula a sociedade por ação, gritamos e tentamos de todas as formas debater os impactos desta decisão. Infelizmente não fomos ouvidos nem pela direção da empresa nem pelos parlamentares do PT, PCdoB e base aliada do governo no congresso nacional.
 No balanço de 2013 e 2014, foi feito uma adequação, fazendo um novo cálculo do benefício pós-emprego (principalmente serviços de saúde) que transformou a empresa em deficitária do dia para a noite. Nada mais artificial, porque estamos trabalhando com um horizonte de longo prazo, onde se quer o benefício saúde oferecido é garantido para o resto da vida laboral dos trabalhadores. Se assim fosse, houvesse garantia para os trabalhadores até sua morte de assistência médica, aí sim justificaria, todavia ainda teríamos que discutir a forma de financiamento a longo prazo. Todos sabemos que o plano de saúde é negociado ano a ano no acordo coletivo, sua existência e condições de financiamento são cláusulas negociadas.
 
Assim o valor dos pós emprego que era de 899.404 milhões, impactado principalmente pelos planos de previdência (POSTALIS), passa para impressionante marca de 8.313.181 bilhões criado pela nova contabilidade principalmente pelo plano de Saúde. Lógico que estamos contabilizando em unidade monetária, mas os valores acima não se encontram em uma conta bancária ou aplicado no mercado financeiro, são garantidos por bens da empresa, ou seja, seus ativos não circulantes (principalmente prédios e terrenos).
Todos os anos será feita nova avaliação atuarial e calculada a necessidade de novos aportes aos pós emprego. No entanto reafirmamos que, a decisão de seguir a lei 6.404/76 das sociedades anônimas, não trouxe nenhum ganho e somente problemas para ECT. No final o propósito da empresa é que os trabalhadores aceitem mensalidades dividindo os custos com a ECT. Existe até um estudo que indica mensalidade de 12% da remuneração. Também osCorreios trabalharão para retirar pais e mães, bem como os aposentados do convênio médico. Muita luta deverá ser feita, e os trabalhadores não poderão cair na ladainha da empresa.

LUCRO E RESERVA RETIRADO DO CORREIO PARA O CAIXA DO GOVERNO
O Governo como acionista único dos Correios, com 100% das ações ordinárias por sua vez, sempre olhou para os Correios como um cofrinho. Apesar de reconhecer a necessidade de investimentos, fez absolutamente ao contrário. Retirou 50% dos lucros da ECT durante estes anos e em 2012 recolheu 2 bilhões de reais da reserva financeira da ECT. Assim o governo deve devolver nossas reservas, porque toda empresa precisa ter uma gordura e os Correios agora que necessita não tem dinheiro que o governo levou embora.

REDUÇÃO DO EFETIVO E DDA
A Falta de concurso público aliada ao PDIA, levou também a empresa a um colapso na área operacional, onde em 2013 a própria empresa dizia que necessitava de 130 mil trabalhadores. Hoje assistimos uma falta de efetivo.
No mês de dezembro o Ministério do planejamento definiu que a ECT deve ter 118 mil trabalhadores. Assim o DDA (Distribuição Domiciliar Alternada) expandiu em todo Brasil, sendo apelidado de Dias e Dias Atrasado. Sem falar na discussão de fechamento de agências.
           
ITF (INCREMENTO POR TEMPO DE FUNÇÃO)
Durante os anos de 2011 a 2015 foi ampliado de forma significativa o uso da ITF, aliada a um crescimento no pagamento da remuneração singular, paga para completar os salários de gestores, principalmente de baixos salários, e um crescimento na ITF.
A ITF foi adotada como ferramenta em um projeto de cooptação de dirigentes sindicais e aparelhamento dos cargos da ECT, sem que houvesse contestação à altura das pessoas retiradas dos cargos, apesar de já existir foi intensificado o seu uso. Assim retirava o titular do cargo e pagava função mesmo sem o exercer o cargo e colocava um partidário no lugar ampliando a cooptação, facilitando a aplicação de medidas privatizantes como a MP 532 e o POSTAL SAÚDE.
De 2011 a 2015 centenas de cargos foram repassados a sindicalistas da articulação/CUT/PT, ou pessoas que mudavam para o lado deles. Assim no ano de 2014 gastamos R$  162.862.546,16.
Querem reduzir gastos?  Peguem os puxa sacos e apadrinhados políticos e devolvam eles para seus cargos, reduzindo a folha de pagamento destes parasitas e coloquem quem está encostado recebendo ITF para trabalhar na gestão.

Numero de trab.
Valor total
FGTS
INSS
POSTALIS
TOTAL
7.842
132.457.361,12
10.596.588,88
14.510.307,72
5.298.294,44
*162.862.546,16
*gastos estimados, levando em consideração números de julho/2014.

CorreiosPar
No ano de 2014 foi lançada a CorreiosPar, uma subsidiária da ECT para prospectar e administrar outras empresas para o grupo Correios.  Assim já existe uma diretoria executiva ganhando altos salários, tendo como objetivo criar empresas do grupo correios, passando para iniciativa privada setores hoje ligados aos correios. Foram aportados 300 milhões de reais a Correiospar.
Consultorias, Patrocínio e Publicidade
Mesmo sinalizando problemas de caixa os Correios enfiaram o pé nos gastos com consultorias, muitas sem licitação, para prestar serviços que nosso pessoal poderia fazer.
Também o gasto com patrocínio e publicidade foi exagerado. Assim, nos aventuramos em Rock in Rio, musical Shrek , Circos e Olimpíadas. Uma empresa que está na porta dos cidadãos todos os dias, sua maior propaganda deveria ser a pontualidade e serviços de qualidade. 
            
 
 Ao olhar as decisões da direção da empresa sem falar de outras, como o congelamento por dois anos da tarifa postal, que fez a ECT perder 700 milhões por ano, colocando os Correios depois de muitos anos no vermelho.
 Parte por desastre de operações, como a privatização de nosso plano de saúde, que quase dobrou o valor gasto, aparelhamento da empresa e parte por decisão de “modernização” que exigiu nova norma contábil e padrão internacional, são responsáveis pelos resultados apresentados.
De qualquer forma se nota a ampliação da produção e o crescimento dos Correios. Assim a luta continua, vamos defender Correios Público e de qualidade 100% Estatal. Vamos defender nossas conquistas, que sob o argumento de prejuízo está sofrendo um forte ataque.
Avançar nas conquistas, nenhum direito a menos!